19 dezembro 2007

Repugnância

Que me fizeste?
Olha como fiquei, a renovar-me
A reconstruir-me,
Sabia tão bem,
Sabe tão mal.
Nem mil estrelas cadentes conseguem traçar
O meu novo destino.
E sigo, e quase que o desvendo
É tão forte, e tão diferente!
Esqueci tua pele morena,
E agora acaricio coisas mais luminosas,
Mais brilhantes,
Cor do sal.
É tão mais violento do que o mar,
E enraivece-se com meu pranto,
Mas em vez de me ignorar
Agarra-me pelo pescoço,
Com tensão voraz
E amarra-me ao seu corpo
Morde-me com seus dentes de marfim.
De respiração bruta protege o meu fôlego
Somos nós a Mudança,
Seremos Eternidade!

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