11 abril 2007

Aqui sou senhor, aí um parasita.




Hoje é diferente, viajo...
Custa-me, ao ver esta paisagem
De planície e chuva,
Esquecer o oeste tão denso.

A orquestra vai sempre à frente
Procurando as notas certas
Para mais me magoar
No tempo.

Porém, nos bastidores
Falei com meu Pai
E ele disse que o maestro é imaturo,
Mas acariciou-me a testa
Limpou-me a cara,
E levou-me até ao palco.

Subi...
Fui ao centro.
Mas onde está o maestro?
Procuro-o...Não está.
E a orquestra?
Não a vejo...
Canto só.

É pena quando a Glória se torna o objectivo,
As pessoas esquecem, fogem
E com Ela desculpam tudo,
Justificam tudo
Mas não sabem que aliada à Glória está a Fortuna
E a esta a Desgraça.
No fim são eternos no Mundo do Anjo.

"Júpiter via as formas esculpidas e pintadas/ palpitantes de vida e as moradas mortais iguais ao céu/ obra da virtu de Giulio Romano. Furioso, reuniu o concilio dos deuses/ e roubou-o à terra, por não poder suportar / ser superado ou alcançado por um habitante da terra." (Inscrição na lápide de Giulio Romano).

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